O pacto da mediocridade está instalado!
É muito ruim dizer algo como isso, mas infelizmente nem todas as verdades são boas. Geralmente vem acompanhada com um grau de dor, porém se nos abre os olhos em relação ao que acontece ao nosso redor é melhor conhecer uma verdade inconveniente do que fantasiar uma realidade existente apenas em papéis ou em projetos. Infelizmente a universidade está contaminada pelo mau da mediocridade. É professor fingindo dar aula e estudante fingindo estar aprendendo, essa relação é visível em qualquer curso da UFPA. Todavia no curso de turismo isso está exacerbado, já que este passou por grande precarização ao longo dos anos. Tem professor dando aula quando acha conveniente, professor com métodos de ensino e didática inadequados, falta de material didático pedagógicos entre outros. Os estudantes estão descrentes, pois muito já se tentou e não obteve resultado e quando pensam em tomar alguma medida para mudar a situação em que se encontram temem serem rechaçados pelos professores, já que estes por serem funcionários públicos concursados, se apoiam nessa questão e acham que por isso devem agir como bem entendem. Mas esquecem eles que como funcionários públicos são pagos por todos os cidadãos de todas as classes. A própria falta de politização dos estudantes é um grande problema, pois sempre aceitaram goela a baixo toda e qualquer medida tomada pelos órgãos administrativos (faculdade, instituto e reitoria). Muitos preferem ficar aprisionados nos quadrados de suas salas, assistindo aulas com professores ruins ou ficam nos corredores esperando pela boa vontade do professor em aparecer para dar a sua dita “aula”. É importante reconstruir o Movimento Estudantil no curso de forma que o mesmo continue se renovando com a chegado dos novos estudantes, pois estes sempre renovam as esperanças de quem de certa forma infelizmente acostumou-se com a realidade que enfrenta. O movimento deve ter sempre em vista mesclar o político e o acadêmico, para que haja tanto o equilíbrio do que deve ser alcançando, mas também de como repensar formas para avançar-se. Uma coisa é notória no atual estudante. Ele é mal acostumado, despolitizado e não está habituado a reinvidicar, quer tudo pronto e na hora. Pois este já recebeu muita coisa mastigada daqueles antigos estudantes, aqueles que não temiam enfrentamento com a policia, para reinvidicar direitos como liberdade de expressão, direito ao voto e outros direitos que o povo reconquistou. Hoje o estudante teme o professor, pelo simples fato que este pode ferrar o estudante numa prova. A que ponto chegamos, não precisamos mais da ditadura, porque esta ecoa invisível nas mentes das pessoas. Precisamos apenas da televisão como meio de dominação! Renan Nogueira do Nascimento – Discente UFPA 5° semestre de Turismo